Há inúmeras greves e mobilizações ocorrendo por todo o país. Os servidores federais deflagraram greve no dia 10. Já estavam parados os servidores do Incra, do INSS, auditores da Receita Federal, auditores e fiscais do trabalho.
Os servidores estão lutando pela reposição salarial emergencial de 50,1%, correção das perdas passadas e a incorporação das gratificações aos salários. Também estão em luta os metalúrgicos do ABC. Depois da vaia histórica a Lula, eles, no dia 30, bloquearam a rodovia Anchieta, exigindo a correção da tabela do Imposto de Renda que confisca os seus salários.
As ocupações de terras seguem ocorrendo no campo em várias partes do país, não se restringindo ao Abril Vermelho do MST. Nas cidades, está marcado um dia nacional de lutas dos sem-teto para o dia 12 de maio.
As lutas contra as reformas do governo crescem também em todo o país. Os Encontros Estaduais da Conlutas discutiram a mobilização contra as reformas Sindical e Trabalhista, e as maneiras de combiná-las com as outras lutas dos trabalhadores em todo país.
Nas universidades, cresce a resistência contra a reforma do governo, e já está marcado um Encontro Nacional no Rio de Janeiro, para o dia 29 de maio.
É muito importante que todas estas lutas se unifiquem. Caso isso não se dê, o governo pode derrotar cada uma em separado, e tentar jogar um setor dos trabalhadores contra o outro, como já fez no ano passado com a reforma da Previdência.
No último dia 5, o governo Lula deu um ultimato aos servidores públicos. Eles têm até o dia 21 para aceitar a proposta de reajuste ou ficarão sem aumento. Ainda tem mais. Segundo o ministro do Planejamento, Guido Mantega, grevistas terão o ponto cortado e não receberão salário.
O governo conta também com a CUT governista para desmontar as mobilizações. Ao mesmo tempo em que os servidores rejeitavam a proposta do governo, a direção da CUT afirmava que ela era um avanço. A UNE governista também está apoiando a reforma Universitária.
As mobilizações precisam também assumir bandeiras do conjunto das massas, além de suas reivindicações setoriais. Os auditores fiscais deram um exemplo ao defender com força em sua greve, a mudança da tabela do Imposto de Renda. Uma das bandeiras que deve unir o movimento é a ruptura com os acordos com o FMI a ruptura das negociações da Alca.
A unificação das lutas é o objetivo da grande mobilização em Brasília, chamada para o dia 16 de junho, pela Conlutas. É preciso fortalecer essa atividade para dar um passo rumo à derrota das reformas e da política econômica de Lula, e a vitória de cada uma das mobilizações. Todos à Brasília.
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