O governo Lula, que já não trafega em céu de brigadeiro e viveu sua primeira crise na semana passada, desatou uma contra-ofensiva para tentar acelerar a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, para sinalizar ao mercado e ao FMI que as suas reformas serão aprovadas.
O governo sentiu o baque da greve dos servidores e sabe, também, que cresce o descontentamento dos demais trabalhadores com o desemprego e o arrocho salarial. Sabe, portanto, que o tempo joga contra ele.
Agregue-se a isso que começam a ocorrer fissuras interburguesas com repercussão na base governista. E, por fim, some-se nesse caldeirão a crise com o Judiciário e a greve dos juízes.
Diante desse quadro, o governo resolveu reaglutinar apoios da burguesia, centralizar sua base e passar o rolo compressor, com manobras e truculência de todo tipo, para acelerar a tramitação e votação da reforma.
Ao mesmo tempo, se há algo que ele conseguiu unificar de verdade atrás deste projeto foi a mídia, que voltou à carga no seu trabalho de manipulação da opinião pública.
A greve e manifestações dos servidores, entretanto, seguem crescendo e têm força para incidir sobre o Congresso, reabrir crises e derrotar esse projeto do FMI. Trata-se, agora, de intensificar e fortalecer a greve e também acelerar, do lado de cá, as manifestações.
Além dos atos e manifestações nos estados, do trabalho junto à opinião pública, é preciso jogar pesado para construir uma grande Marcha a Brasília. Com a aceleração dos trabalhos no Congresso, a Marcha está sendo convocada para dia 06 de agosto. A tarefa de todos ativistas, sindicatos, entidades estudantis e populares é a construção dessa Marcha.
É hora de arregaçar as mangas e começar a prepará-la. Os professores estaduais, que estarão recém voltando de férias, precisam trabalhar contra o tempo e organizar sua base, realizando reuniões de emergência de representantes de escola, etc. Os sindicatos e trabalhadores do setor privado também precisam participar. E os funcionários federais devem ir em massa para Brasília.
ABAIXO A PRIVATIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA!
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