Após ficar calado durante toda a semana de greve dos caminhoneiros que parou o país, o presidente Temer rompeu o silêncio para fazer um pronunciamento oficial no início da tarde desta sexta-feira, 25, anunciando o uso das Forças Armadas para liberar à força as rodovias bloqueadas.
A decisão ocorreu após reunião do presidente com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional). O Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, já havia colocado todo o efetivo à disposição de Temer, tão logo ele desse a ordem.
Classificando o movimento dos caminhoneiros de forma cínica como de uma “minoria radical“, Temer disse que acionaria de “imediato o plano de segurança“. “Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas, e estou solicitando aos senhores governadores que façam o mesmo“, declarou.
Temer, além de não atender as reivindicações dos caminhoneiros, manter a política de reajustes do combustível em favor do lucro dos acionistas estrangeiros da Petrobrás, agora ameaça promover um banho de sangue nas estradas do país. É inaceitável o uso do Exército, da Polícia Federal e das polícias militares para reprimir os trabalhadores do transporte que lutam por reivindicações justas.
É preciso que as direções das centrais sindicais chamem já uma Greve Geral, como propõe a CSP-Conlutas. Não à repressão do Exército! Fora Temer!
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