O governo Lula reage à crise centrando esforços para evitar a queda e garantir uma vitória nas eleições de 2010. O governo está tentando bancar o PAC, lançou o programa de habitação popular, reduziu o superávit fiscal, reduziu o IPI dos automóveis e agora da linha branca de eletrodomésticos, para tentar evitar ou diminuir a recessão. Segue injetando capital em grande escala nas empresas privadas, como agora na construção civil com o programa de habitação. Este programa tem um grande impacto popular, pelas expectativas que gera de ter uma casa própria.
Lula tenta, assim, parecer não ter responsabilidade na crise e manter sua popularidade. Mas mesmo essas iniciativas são afetadas pela crise. O PAC tem mais da metade de suas obras atrasadas. O plano de habitação popular tem uma meta (um milhão de moradias), mas não tem prazos, exatamente pela crise.
A posição do governo de respaldar o FMI no G20 é um dos maiores crimes políticos do governo Lula. Por fora a injeção de recursos nada desprezíveis (pode chegar a 14,5 bilhões de dólares), o mais grave é o respaldo político do governo à recuperação do FMI (uma das únicas medidas efetivas como vimos da reunião do G20), em crise desde a eclosão da crise mundial.
A ampliação da crise e do desemprego leva a um início de desgaste do governo Lula, o que pode ser verificado em todas as pesquisas de popularidade. Cai de um patamar muito alto (ainda recorde em relação a outros presidentes), mas iniciou sua queda.
A expectativa no governo, mesmo que em queda, ainda representa um obstáculo às mobilizações contra as demissões.
Um programa dos trabalhadores contra a crise
A resposta do governo Lula é o programa da grande burguesia nacional e multinacional para a crise. Não é por acaso que praticamente todos os governos imperialistas aplaudem Lula. Obama o chama de “o cara” e Bush dizia ser seu amigo.
É necessário um programa dos trabalhadores para a crise, que afete os lucros dos patrões e não os salários e empregos dos operários. Para isso, defendemos:
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