De olho na sucessão presidencial, os dirigentes do PSDB estão posando, ao defender a CPI dos Correios, como porta-estandartes da ética na política. FHC, Alckmin e Tasso Jereissati e a horda de parlamentares tucanos e do PFL apostam na falta de memória da população para enganá-la e voltar ao poder em 2006.
Nos oito anos de governo FHC, aconteceram os maiores escândalos de corrupção do país. Quando era oposição, o PT publicou uma cartilha chamada de Os 45 escândalos que marcaram o governo FHC. Entre eles, estavam denúncias de suborno de parlamentares para aprovar a emenda da reeleição, propinas nas privatizações da Vale do Rio Doce e Telebrás, desvios de dinheiro público, via BNDES, para empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Uma vez no poder, nenhuma dessas denúncias foi investigada pelo PT.
Lula chegou a mandar um alto funcionário do BNDES fechar a boca sobre as irregularidades e congelou a CPI do setor elétrico. Na época em que governava com Jucá e Roberto Jefferson, FHC disse que uma CPI no seu governo era golpe, leviandade da imprensa e que o país não iria suportar, com faz hoje Lula. Portanto, soa de uma hipocrisia asquerosa a postura desses senhores nos recentes casos de corrupção. Como diz o ditado popular, é o sujo falando do mal lavado.
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