A situação da saúde no Rio de Janeiro é uma vergonha. Os servidores estaduais são obrigados a trabalhar em vários empregos para poder pagar suas contas e dar dignidade a sua família. Já a população sofre com a falta de atendimento, medicamentos, profissionais e leitos. Ainda assim, a saúde recebeu mais um duro ataque do governo estadual de Sergio Cabral (PMDB), com aprovação do PL 767/2011, no último dia 14, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Para garantir a aprovação, o governo convocou a PM e o batalhão de choque, que impediram a entrada e agrediram os manifestantes contrários à privatização da saúde.
O projeto autoriza a gestão privada da rede estadual por meio das Organizações Sociais. As Organizações Sociais são empresas privadas que administram os serviços públicos pela lógica de mercado e com financiamento pago pelo dinheiro público, ou seja, contribuições e impostos dos trabalhadores. Representam ataques aos usuários e trabalhadores da saúde, pois administram o setor a partir de políticas de extinção do funcionalismo público, perda de direitos trabalhistas, estabelecimento de metas de produção para os trabalhadores e não realização de processos licitatórios.
Post author Alessandra Camargo, do Rio de Janeiro (RJ)
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