A semana iniciou com manifestações em Porto Alegre durante toda a segunda-feira, 24, por conta da votação em 2º turno no Congresso Nacional para a aprovação da PEC 241. A Proposta de Emenda Constitucional que congela gastos sociais e os salários dos trabalhadores por 20 anos é uma bomba que, antes mesmo de sua vigência, explodiu em forma de gases lacrimogênio e de efeito moral, lançadas pela Brigada Militar em cerca de 5 mil manifestantes que estavam nas ruas da capital gaúcha na última segunda-feira (24/10).
Após dispersar os militantes com tamanha repressão, a BM ainda foi até a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde parte da juventude que protestava entrou para se proteger da violência usada contra eles. Da portaria, a polícia lançou mais duas bombas dentro do local. Uma ação brutal que complementa os ataques do governo aos trabalhadores, à juventude e ao povo pobre das periferias.
O banquete oferecido por Temer aos deputados é a velha política do “toma lá, dá cá”, sinalizando vantagens para os que aprovaram a PEC 241. Mas o verdadeiro prato oferecido não só aos deputados, mas ao mercado financeiro, será pago pela população que não tem sequer o direito de se manifestar.
Essa PEC vai passar por mais uma votação no Senado, e Temer aguarda ansiosamente por ela para sancioná-la, ao mesmo tempo que já mira o aumento da idade mínima para aposentadoria, flexibilizando as leis trabalhistas que garantem férias e décimo terceiro, de modo que fica na mão dos patrões cumprir com essas obrigações ou não. Assim, a depender do governo, poderemos trabalhar 12 horas por dia sem receber hora-extra.
Nosso caminha é a luta
Contra a reforma do Ensino Médio, os estudantes já ocupam centenas de escolas no Paraná, se alastrando para outros estados. Professores também no Paraná entraram em greve em todo o Estado, com adesão de outras categorias. Esse é o exemplo a seguir! Temos uma jornada de lutas para cumprir nos dias 11 e 25 de novembro, junto com a CSP-Conlutas e todos os sindicatos e centrais sindicais que se propõem a construir uma Greve Geral. Somente dessa forma vamos barrar a PEC 241 e outras medidas e ajustes usados pelo governo Temer, em conluio com esse Congresso corrupto, para atacar os trabalhadores, fazendo a classe pagar pela crise, enquanto os empresários, banqueiros e empreiteiras continuam a lucrar cada vez mais.
– PEC 241 não!
– Fora Temer! Fora todos eles!
– Greve Geral já!
– Protesto não é crime!
– Desmilitarização da polícia!
PSTU-Porto Alegre