Cerca de cinco mil pessoas participaram da passeata de abertura do Fórum Social Brasileiro. Faixas, cartazes e palavras-de-ordem contra o Fundo Monetário Internacional e a Alca predominaram entre os manifestantes. As palavras-de-ordem Lula, eu quero ver, o plebiscito sobre a Alca acontecer e O povo tá na rua, o povo tá aqui. Lula, rompa com o FMI!, que repercutiram na imprensa, ecoavam da coluna do PSTU, a mais animada da passeata.
Na primeira conferência do FSB, Alca, OMC, e dependência externa: estratégias econômicas de dominação, Sandra Quintela exigiu auditoria da dívida, ruptura das negociações da Alca e realização de um plebiscito oficial sobre o tema.
Diferente foi a postura do professor Luiz Fernandes, ligado ao PCdoB, que defendeu a continuidade das negociações da Alca realizadas pelo governo. Segundo ele a posição do governo brasileiro joga contradição à política dos EUA e, portanto, temos que defendê-la.
O PSTU, no Plenário, não deixou de fazer ecoar ô Lula, eu quero ver, o Plebiscito sobre a Alca acontecer, o que repercutiu na imprensa mineira no dia seguinte.
Duas grandes tendas foram armadas pelo PSTU para abrigar os lutadores dos movimentos sociais. Numa, havia churrasquinho, lanches, bebidas geladas e um grande espaço para bater papo e se confraternizar. Na outra, havia uma banca com livros, jornais, camisetas, posters, agendas e um amplo espaço para realizar os painéis e oficinas. Dia e noite, as tendas tinham um grande movimento de companheiros de todas as regiões e de diversas organizações políticas.
Encontro nacional vai organizar luta contra reformas trabalhista e sindical
O painel As reformas trabalhista e sindical e o desafio para a classe trabalhadora, realizado na Tenda Socialista no dia 8, reuniu 450 pessoas e foi coordenado pelo dirigente da CUT-SP, Dirceu Travesso. Como palestrantes estavam o diretor do Andes Antônio Luiz Tato, o dirigente da Unafisco Iranilson e Zé Maria, do PSTU. Os presentes apontaram a realização de um Encontro Nacional, em 2004, para preparar a mobilização contra as reformas trabalhista e sindical do governo Lula e apontar uma alternativa à direção governista da CUT, denunciaram o Fórum Nacional do Trabalho.
Post author
Publication Date