Os operários estão acampados em frente da portaria da Ford e exigem reintegração imediata. Toda a mobilização dos metalúrgicos da Ford ocorre sem o apoio do sindicato ligado à CUT
Os operários foram comunicados da demissão enquanto estavam no curso do Senai. Indignados, os trabalhadores fizeram um protesto em frente ao prédio do Senai, que travou o trânsito no centro de Taubaté. Logo depois foram em passeata até a Ford, onde fizeram um protesto no portão da fábrica.
Quando os metalúrgicos do segundo turno da fábrica chegaram para trabalhar e foram recepcionados pelos companheiros demitidos, em solidariedade decidiram não trabalhar. Nesta quarta-feira, dia 1°, os funcionários do primeiro turno também aderiram e a fábrica segue parada. Os operários estão acampados em frente da portaria da Ford e exigem reintegração imediata. Toda a mobilização dos metalúrgicos da Ford ocorre sem o apoio do sindicato ligado à CUT.

Desde o ano passado, a Ford já demitiu 640 trabalhadores por meio de PDV (Plano de Demissão Voluntária).
As empresas montadoras de carros lucraram muito nos últimos anos com isenção do IPI concedida pelo governo Dilma, bem como outros incentivos fiscais. É hora de exigir do governo que garanta estabilidade no emprego a todos os trabalhadores brasileiros ameaçados pela ganância das empresas. Os metalúrgicos da Ford devem seguir o exemplo dos companheiros da Volks de São Bernardo do Campo e da GM de São José dos Campos. Somente a greve e a mobilização dos trabalhadores podem garantir emprego, salário e direitos.