Na manhã desse domingo a comunidade palestina de São Paulo se reuniu na Avenida Paulista para prestar solidariedade ao povo palestino. Desde a última sexta-feira (8), na Palestina, o povo vai às ruas em um verdadeiro levante contra a recente decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Os “dias de fúria”, como está sendo chamado por lá, já deixou ao menos quatro palestinos mortos em Gaza e centenas de feridos. Muitos, com munição letal usada pelas forças israelenses. Também ocorreram manifestações na Cisjordânia e em países vizinhos.

Em São Paulo, além da comunidade palestina, participaram também movimentos sociais, centrais sindicais, como a CSP-Conlutas, e partidos políticos. O PSTU esteve presente durante toda a manifestação.

O ato começou pouco antes do almoço, na praça Oswaldo Cruz. Dezenas de bandeiras da Palestina tremulavam enquanto os presentes iam discursando em solidariedade ao povo palestino. Para Reginaldo Nasser, professor da PUC, com a decisão de Trump transferir a embaixada estadunidense para Jerusalém, “a ocupação israelense se concretiza mais ainda“. Segundo o professor, isso não diz respeito apenas aos palestinos, mas a “todos que passam por uma situação de opressão, dominação e ocupação de território. Por isso a luta dos palestinos é a luta de todos“.

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Fábio Bosco, do PSTU, afirmou que é preciso denunciar boa parte dos governantes árabes que “vendem a causa palestina em troca de qualquer acordo com os Estados Unidos“. Fábio ainda lembrou que o Brasil tem uma dívida histórica com a causa palestina por ter presidido a sessão da ONU que “dividiu a Palestina e abriu caminho para que as milícias sionistas, com apoio da União Soviética de Stalin, fizessem um massacre, expulsando 800 mil palestinos e destruindo mais de 500 vilas“.

Entre uma fala e outra, os manifestantes gritavam que “Jerusalém é palestina” ou que “A Palestina é árabe“. Palavras-de-ordem também eram cantadas. “Estado de Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!”, e muitas outras em árabe. aApós as falas, a manifestantes seguiram em marcha pela Avenida Paulista.