Centenas de pessoas se reuniram na praça Tahrir, no centro de Bagdá, em um protesto contra o governo nessa última segunda-feira (10). Os manifestantes exigiram melhorias nas condições de vida e mudanças no sistema político. O primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi prometeu a libertação de manifestantes presos durante os protestos em massa que ocorreram de outubro do ano passado até março desse ano. Ele também prometeu indenização financeira para as famílias de 550 pessoas que foram mortas nas manifestações populares.
O último governo renunciou há 6 meses, mas se manteve no cargo como interino, devido ao desgaste político que sofreu com as manifestações. No dia 7 de maio, al-Kadhimi assumiu. A população desconfia porque al-Kadhimi era o chefe do corpo de espionagem durante os protestos.
Os protestos não são tão grandes quanto os anteriores, devido à pandemia de coronavírus. Mas a população não confia no novo primeiro-ministro. As concessões feitas não estão convencendo a população de que de fato tenha mudado a história de crimes e corrupção do regime anterior.
Até o momento, o governo informou 2.679 casos confirmados de coronavírus e 107 mortos. Junto à pandemia, existe a crise de petróleo que afeta diretamente o país, já que é a sua principal fonte de renda. A falta de dinheiro pode não só impedir o novo primeiro-ministro cumprir sua promessa, como também aplicar duros ajustes contra os trabalhadores.