Redação
Hoje, representantes das 11 Centrais Sindicais brasileiras, entre elas a CSP-Conlutas, participaram de uma reunião em Brasília com o presidente Lula (PT) e o ministro do Trabalho Luiz Marinho. O encontro tinha como objetivo ser um ponto de partida para os debates e demandas em torno da classe trabalhadora e o estabelecimento do diálogo que foi fechado nesses últimos quatro anos da gestão Bolsonaro em que a liberdade sindical sofreu diversos ataques.
Com uma comissão com cerca de 20 sindicalistas e ativistas dos movimentos populares, a CSP-Conlutas foi à Brasília defender a revogação integral das reformas Trabalhista e Previdenciária; a liberdade sindical para organização das lutas dos trabalhadores, de forma independente frente a qualquer governo e patrões; e a unidade da classe trabalhadora para derrotar a ultradireita nas ruas, cobrando desde já a prisão e confisco dos bens dos golpistas.
O metalúrgico Luiz Carlos Prates, o Mancha, integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas expôs que não há democracia no chão da fábrica, denunciou as demissões e perseguições contra a classe trabalhadora, e reafirmou a independência e autonomia da CSP-Conlutas diante do governo.
Mancha afirmou que a situação de vida dos trabalhadores está cada vez pior e defendeu uma saída socialista para o país, a revogação da reforma trabalhista e da previdência, o piso salarial da enfermagem, o cancelamento das privatizações [citando a Petrobrás e Eletrobrás], o fim do Teto de Gastos, o não pagamento da dívida pública e a valorização do salário mínimo, que segundo o Dieese, deveria ser de 6 mil reais para uma família de quatro pessoas.
“Somente com a mobilização dos trabalhadores seremos capazes de promover as mudanças necessárias, somente com liberdade para lutar, para nos organizar, para criar comitês de luta, teremos um sindicato livre e os trabalhadores poderão organizar seu próprio projeto, o projeto dos trabalhadores”, disse o dirigente da CSP-Conlutas.
Entre os temas abordados na reunião estiveram a valorização do salário mínimo que ainda mantém o valor de R$ 1.302,00; a valorização dos pisos salariais e a aplicação do piso da enfermagem; negociação coletiva nas categorias trabalhistas; regulação do trabalho em aplicativos; terceirização; precarização do trabalho; a questão da igualdade racial e equiparação salarial entre homens e mulheres; agricultura familiar; políticas para enfrentar a miséria, a fome e o desemprego.
Punição aos golpistas
As ações golpistas promovidas pela ultradireita bolsonarista foram repudiadas pelos representantes das Centrais Sindicais. No plenário, com a presença de mais de 500 sindicalistas, ouvia-se o coro: “Sem anistia, sem anistia”.
Mancha também cobrou a prisão com confisco dos bens dos golpistas e do “clã Bolsonaro”.
*Com informações da CSP-Conlutas