De 5 a 7 de agosto a Coordenação Nacional da CSP-Conlutas se reuniu em Belo Horizonte. Entre as medidas aprovadas pela entidade, está a participação no dia de luta contra a construção da usina de Belo Monte. Leia abaixo a resoluçãoCresce a resistência no Brasil e no mundo contra construção da usina de Belo Monte, na cidade de Altamira no estado do Pará. Já estão mais que comprovadas as conseqüências nefastas para o meio ambiente e para as populações nativas (ribeirinhos, indígenas e pescadores) da construção de mais esta usina hidrelétrica.

A construção de Belo Monte é parte da construção de um complexo de 17 usinas hidrelétricas espalhadas pelos rios Tapajós, Araguaia, Tocantins e Madeira, que terão conseqüências ainda maiores para a Amazônia. Estas obras serão realizadas pelas grandes empreiteiras instaladas no país, que inclusive foram as principais financiadoras da campanha eleitoral da atual presidente Dilma Roussef.

Somente a perspectiva da realização destas obras faraônicas na região de Altamira já causou uma forte migração para a cidade com a expectativa de empregos nas obras da construção civil, gerando uma enorme especulação imobiliária, com a supervalorização dos terrenos, aluguéis e aumento do custo de vida, aumentando a população sem teto e que não tem condições de pagar os aluguéis e sustentar as suas famílias.

Inclusive nosso país vem sendo repreendido por organismos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) por esta obra absurda.

Somente a mobilização dos trabalhadores e do povo de todo mundo poderá impedir a construção de Belo Monte.

Para resistir a mais este ataque ao meio ambiente e os povos nativos da Amazônia será realizado em todo mundo um dia internacional de luta contra a construção de Belo Monte no dia 20 de agosto.

A Coordenação Nacional da CSP Conlutas – Central Sindical e Popular, reunida em Belo Horizonte de 5 a 7 de agosto reafirma sua posição contrária à construção de Belo e se soma ao dia de mobilização.