A irmã Dorothy Stang viajou a Brasília para denunciar as ameaças que vinha sofrendo. O governo destacou apenas assessores dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos para conversar com a freira, que entregou uma carta de próprio punho afirmando: Pistoleiros soltos, madeireiros derrubando! (…) A Polícia Federal não está visivelmente presente em Anapu. Ninguém sabe onde estão.
Nova denúncia foi encaminhada em 15 de junho, desta vez pelo Ministério Público Federal, com a seguinte advertência: Merece destaque, ainda, a situação de risco em que se encontra a vida da missionária (…) Dorothy Stang, em meio ao fogo cruzado. As denúncias também foram levadas ao Congresso, à CPI da Terra, ao Incra e a uma infinidade de órgãos públicos. A última denúncia foi apenas uma semana antes do assassinato, quando Dorothy se reuniu com o ministro dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda.
A missionária é morta com seis tiros, em plena luz do dia e na presença de várias testemunhas.
No mesmo dia do enterro da freira, outros dois agricultores são mortos no Pará (ao lado).
Tropas do Exército são destacadas para a região. O plano é enviar dois mil soldados.
Governo apresenta um pacote (improvisado) interditando 8,2 milhões de hectares, para unidades de conservação.
São presos os primeiros acusados. Suspeito de ser o mandante, o fazendeiro Valdomiro Bastos está foragido. Ninguém é detido pelas outras mortes.
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