Os pedidos de prisão foram feitos pela Justiça norte-americana baseado num processo por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, que também envolve grandes empresários do esporte. São no total 47 acusações em 12 anos de investigação contra os dirigentes. O esquema de corrupção era baseado em cobranças de subornos e propinas que movimentava milhões de dólares há pelo menos duas gerações.
Outro preso bastante conhecido por aqui é José Hawilla, dono da Traffic, agência de marketing esportivo. Segundo a Justiça norte-americana, o brasileiro já assumiu culpa pelos crimes de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Suspeita-se que as Copas em 2018 na Rússia e a de 2022 no Catar tenham sido definidas mediante subornos, que também ocorriam para decidir as transmissões de TV e a própria direção da entidade.
E no Brasil?
Também não dá pra esquecer neste momento do mar de lama em que se afunda cada vez mais a CBF. O mais recente escândalo foi revelado pelo jornal Estado de S. Paulo e mostra documentos firmados pelo então presidente da Confederação, Ricardo Teixeira, em 2012, com grupos empresariais que teriam total controle sobre a escalação da seleção brasileira. O contrato duraria até 2022 e obriga a CBF a informar esses grupos com antecedência a escalação, estabelecendo multa caso haja algum desfalque na lista definida pelos empresários.
Este é o quadro das entidades do futebol no Brasil e no mundo. Funcionam em base a corrupção e acordos espúrios com grandes grupos financeiros e empresariais.
Nesse meio de campo, o futebol perde de goleada pro marketing, a corrupção e a busca desenfreada de lucros.
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