Ontem, na cidade de Afrim, no noroeste da Síria e próximo a Aleppo, uma explosão matou pelo menos 46 pessoas, incluindo 11 crianças. Outras A bomba improvisada com um tanque de combustível ainda deixou 47 pessoas feridas.
Esse foi o ataque mais sangrento desde que a região passou a controlada pela Turquia, em meados de 2018. O ataque aconteceu há poucos metros da casa do governador na rua Raju. Além dos moradores locais e refugiados, também morreram seis membros de milícias apoiadas pelo governo turco. Dez pessoas foram levadas em ambulâncias e o hospital local que os recebeu está pedindo por doações de sangue.
Até o momento nenhuma organização reivindicou o ataque. Mas segundo artigo da Al-Jazeera, o governo turco culpou as Unidades de Proteção Popular (YPG), um partido curdo na Síria. A oposição entre YPG e o governo da Turquia desde 2018 se dá ao mesmo tempo que o partido curdo busca um acordo com a aliança entre a ditadura de Bashar al-Assad e Putin, da Rússia.
A aliança Bahar-Putin sofreu uma dura derrota em Idlib, no começo do mês, quando lançaram um ataque contra a província que segue controlada por grupos da Revolução Síria. A derrota militar fragiliza politicamente a aliança, mas abre espaço para que o governo turco de Erdogan consolide sua dominação na região. Tanto YPG quanto o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK, partido turco irmão do YPG) saem prejudicados com isso.